Autor de extensa bibliografia, Skinner, um dos mais respeitados psicólogos experimentais do Séc XX ainda que tenha sido acusado de behaviorista radical, desenvolveu teorias muito objectivas quanto à relação estímulo/acção.
Sendo o estímulo um acontecimento ambiental capaz de desencadear uma acção, o reforço é um acontecimento que reforça a probabilidade dessa acção ocorrer, podendo ser positivo ou negativo. Este reforço pode ser aplicado por duas vias: a contínua, em que o reforço é dado sempre que se verifica a resposta pretendida; e a intermitente, em que o reforço é dado discriminadamente a algumas das respostas.
Curiosamente, Skinner verificou que a aplicação de reforço por via intermitente promove uma maior frequência da acção e leva a acções mais resistentes à extinção que a via contínua.
Skinner propôs que o reforço deve obedecer a um contracto de contingências, sendo que o contracto deve obedecer a normas:
- estabelecer um reforço atribuído após o desempenho;
- inicialmente atribuir reforços imediatos, frequentes, mas pequenos;
- relacionar o reforço com a realização da tarefa e não com obediência;
- o contracto deve ser justo e claro: os reforços devem ser proporcionais ao esforço implementado na realização de tarefas discriminadas;
- o contracto deve ser honesto, cumprido rigorosamente, e positivo, deve reforçar-se o sucesso da tarefa por recurso a reforço positivo.
A verdade é que existem mais motivações para além da financeira... O Séc. XVI português serve prova disto. As Descobertas, no seu início não eram lucrativas, o ouro veio muito mais tarde... O que motivou, então, a sociedade a embarcar na aventura?